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domingo, 20 de abril de 2014

Uma menina chamada Alda

Extracto de um dos textos de Alda Rosa, que se junta às outras narrativas que compõem o 2º livro das nossas Oficinas de Escrita. Delicioso! MG



[...]
 
Sete anos. Vamos fazer uma luta de índios e cowboys. Dividimo-nos em dois grupos. Cada um de nós tem vários bonecos de plástico que escondemos nos canteiros e vasos dos quintais das redondezas, para grande fúria das porteiras, pois deixamos sempre algumas flores destruídas. Ganha o grupo que encontrar mais bonecos do inimigo. É sempre muito divertido.

Oito anos. Encontrámos um novo divertimento. Subir um candeeiro de electricidade junto a um muro que tem cerca de três metros de altura, depois fazemos uma corrida ao longo do muro, que tem um rebordo com alguns centímetros e depois descemos pelo candeeiro que se encontra na outra ponta. É uma brincadeira um pouco arriscada, mas nós divertimo-nos imenso. Eu sou a única menina, mas fico sempre entre os primeiros.
[...]
 
Alda Rosa, Lisboa, Março, 2014

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

E isso é que é sedutor

Na última aula, pedi: «apresentem-se de uma forma sedutora», no arranque da escrita de uma pequena história de vida para «a minha vida dá um livro». A M. Eugénia manifestou a sua perplexidade e fundamentou-a. Estava cheia, coberta de razão.


Charles Dickens, Oliver Twist (1837)

Mas em escrita, quando falo de 'sedução' invoco outros patamares. Não são os nossos pseudo-triunfos, as nossas medalhas de bom comportamento social, ou forma mais ou menos adequada como nos inserimos, desde muito pequenos, no espaço emocional e afectivo que nos coube em destino: nada disso, se for só isso,suscitará empatias, mas sim as nossas perplexidades, falhas, medos, anseios e sonhos, e quedas. Tudo, o que nos torna realmente humanos e que é tudo o que todos temos em comum.

Isso é que é sedutor.

Não se trata de fazer o apelo à «desgraça», hoje em dia tão banalizada ao serviço da comunicação de entretenimento fácil. É o modo com enfrentamos o caminho, as pedras em que tropeçamos e os montes que subimos, e o que vamos fazendo até conseguir ir ver o Mar. É o caminho e a forma como caminhamos, corremos, caímos, levantando-nos uma vez e outra, voando por vezes, que importa. E o caminho é sempre irregular e assombroso, no segredo das nossas vivências. Conseguirmos partilhá-lo, em primeiro lugar, é arranjarmos muita iluminação extra para nós próprios. Inevitavelmente, a luz espalha-se.

E isso é que é sedutor. 

 

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Biografia e ficção - novas oficinas de escrita

As oficinas de escrita vão recomeçar com duas propostas independentes: autobiografia e ficção. A partir de 8 de Fevereiro (Sábados) e 13 de Fevereiro (Quintas). Horários detalhados abaixo.

 
A minha vida dá um livro

"Começar pelo registo biográfico é uma forma segura de iniciar o hábito da escrita. Trata-se de um exercício à boa maneira do diário de bordo, ou do diário da adolescência, com a exigência, a paixão, o labor minucioso da oficina. No fim, leva-se um livro impresso para casa. E vontade de continuar a escrever." MG.
 

Conceito
Palavra e memória na reconstrução da identidade

Partindo da história pessoal para o registo literário, uma reflexão sobre a própria identidade, desenvolvida ao longo de quatro módulos:
I – Quem sou eu? Ou «Bilhete de Identidade».
II – Que pessoas ao meu redor me marcaram? Ou «memórias de infância».
III – Momento fundador da narrativa. Ou «Era uma vez eu».
            IV – O desenrolar da história. Ou «A minha vida dá um livro».
 

 
Onde: Rua de O Século 13, 1200-433 Lisboa, Portugal ‎   +351 21 096 4826 · aletheia.pt
Como: Quatro módulos, de duas aulas cada.
Quando: Aulas semanais, todos os sábados, de 8 de Fevereiro a 29 de Março, das 15.30 às 17 horas.
Mais informações: manuelagonzaga@gmail.com  

 
e ainda:

Vamos escrever ficção
Escrever consolida o nosso livre pensamento, estrutura as nossas ideias, acrescenta-nos em todos os sentidos e faz-nos viver muitas vidas. Vamos escrever ficção. Aulas semanais, às quintas-feiras, de 13 de Fevereiro a 20 de Março, das 18.30 às 20 horas. MG


UNIVERSOS PARALELOS


Viagem ao outro lado do espelho

Estrutura e conceito do curso
O espelho é um portal. Fica onde quisermos coloca-lo. Aguardando que cruzemos os seus umbrais para o outro lado. Ali, onde a aventura começa.
I – Eu sou eu? Ou «Deste lado do espelho».
II – Para onde vou? Ou «Cruzando os portais do tempo e do espaço».
III – Momento fundador da narrativa. Ou «Universos paralelos».

Onde: Rua de O Século 13, 1200-433 Lisboa, Portugal ‎   +351 21 096 4826 · aletheia.pt
Como: Quatro módulos, de duas aulas cada.
Quando: Aulas semanais, todas as Quintas-feiras, de 13 de Fevereiro a 20 de Março, das 15.30 às 17 horas.
Mais informações: manuelagonzaga@gmail.com  

 

sábado, 22 de setembro de 2012

Palavra e memória na reconstrução da identidade

Começa no dia 24 de Setembro, na Sociedade de Instrução Guilherme Cossoul, o primeiro módulo -- «Bilhete de Identidade» -- da oficina de escrita autobiográfica.
Podem também seguir no facebook os desenvolvimentos desta proposta:


A MINHA VIDA DÁ UM LIVRO

Em três módulos orientados e concebidos por
Manuela Gonzaga
(escritora)


Conceito
Palavra e memória na reconstrução da identidade
– Partindo da história pessoal para o registo literário, uma reflexão escrita sobre a própria identidade e desenvolvida ao longo de três módulos independentes:

– Quem sou eu? Ou «Bilhete de Identidade».
– Que pessoas ao meu redor me marcaram? Ou «memórias de infância».
– Momento fundador da narrativa. Ou «A minha vida dava um livro».

Nota: Esta Oficina de escrita biográfica conta, adicionalmente, com o apoio da editora Bertrand. Assim, quando um leque de textos de qualidade atingir um determinado volume, equaciona-se a sua edição antológica em livro, devidamente orientado pela autora do projeto.





https://www.facebook.com/pages/Oficinas-de-escrita-autobiogr%C3%A1fica/369065366502257